Batiam asas mas
sempre tropeçavam
em borboletas brancas.
As sílabas
na busca do palácio
das palavras.
Assim dizias tu
a desculpar
a visível mudez.
Quando a chuva lavava a pobre fala dos homens
choravas letras dentro dos dicionários.
As estantes gemiam ao peso das ideias
afogadas.
As larvas entretinham-se
a devorar discursos.
Não desesperaste.
E o dia aconteceu
em que disseste a única palavra permitida
a quem pela voz dos anjos se perdeu.
sempre tropeçavam
em borboletas brancas.
As sílabas
na busca do palácio
das palavras.
Assim dizias tu
a desculpar
a visível mudez.
Quando a chuva lavava a pobre fala dos homens
choravas letras dentro dos dicionários.
As estantes gemiam ao peso das ideias
afogadas.
As larvas entretinham-se
a devorar discursos.
Não desesperaste.
E o dia aconteceu
em que disseste a única palavra permitida
a quem pela voz dos anjos se perdeu.
Helena Vieira da Silva
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