Encontrámos uma notícia que tem interesse para os alunos de filosofia e para os que se interessam por questões morais.
Este tema e outros do mesmo âmbito são abordados em obras que temos na Biblioteca, na secção de Filosofia (cota 17 - ética), das quais destacamos:
SINGER, Peter - Ética prática, Lx., Gradiva, 1999
RACHELS, James - Elementos de filosofia moral, Lx Gradiva, 2003
Consulte o índice analítico e procure termos como "eutanásia" ou "suicídio".
Eis o endereço de onde a retirámos e onde podem assistir à entrevista de Terry Pratchett:
http://www.bbc.co.uk/news/entertainment-arts-13758286
Este tema e outros do mesmo âmbito são abordados em obras que temos na Biblioteca, na secção de Filosofia (cota 17 - ética), das quais destacamos:
SINGER, Peter - Ética prática, Lx., Gradiva, 1999
RACHELS, James - Elementos de filosofia moral, Lx Gradiva, 2003
Consulte o índice analítico e procure termos como "eutanásia" ou "suicídio".
Eis o endereço de onde a retirámos e onde podem assistir à entrevista de Terry Pratchett:
http://www.bbc.co.uk/news/entertainment-arts-13758286
O escritor Sir Terry Pratchett declarou que ter testemunhado a morte assitida de um homem, documentada para uma controversa reportagem da BBC, não afectou o seu apoio à causa do suicídio assitido.
No programa Escolher a morte (Choosing to Die), o escritor de 63 anos – que tem a doença de Alzheimer – deslocou-se à Suíça para testemunhar a morte de um cidadão britânico que sofria de doença neuromotora (?).
Liz Carr, uma defensora dos deficientes, considerou que se tratou de propaganda a favor do suicídio e declarou-se surpreendida por ter sido realizada pela BBC.
A BBC declarou que a reportagem da passada segunda feira ajudaria os telespectadores a “formarem as suas próprias opiniões”.
O programa, mostrava Peter Smedley, um gerente hoteleiro de 71 anos, a viajar de sua casa, na ilha de Guernesey, até à Suíça para tomar uma dose fatal de barbitúricos, que lhe foi fornecida pela organização Dignitas.
Questionado sobre a santidade da vida, Sir Terry respondeu: “E o que dizer sobre a dignidade da vida?” A falta de dignidade motivo suficiente para algumas pessoas porem termo à vida, afirmou ele.
Disse ainda que defende o direito ao suicídio assistido deveria ser estendido àqueles que ultrapassam a idade limite para darem o seu consentimento. Acusou ainda o Governo de fazer marcha atrás na questão do suicídio assistido.
A BBC negou que apresentação do seu programa facilite o aparecimento de outros suicídios, por imitação, e considerou que ajudará os telespectadores a formar a sua opinião acerca desta questão.
O realizador do documentário, Charlie Russel, declarou que a decisão de filmar a morte do Sr. Smedley foi muito ponderada.
O Sr. Carr disse:
O Bispo de Exeter, o Justo Reverendo Michael Langrish, defendeu:
Debbie Purdy, que sofre de esclerosa múltipla, foi a tribunal para impedir que o seu marido seja processado por a companhar à Dignitas.
Nos últimos 12 anos, 1.100 pessoas de toda a Europa foram “assitidas na sua morte” pela Dignitas. Uma porta-voz do grupo de pressão Morte Digna (Dignity in Dying) disse que [o documentário] foi
A associação Morte Digna exige uma lei da morte assitida “devidamente salvaguardada”.
A BBC negou ser tendenciosa acerca deste problema e um seu porta-voz afirmou que o documentário “se debruçava sobre a experiência de uma pessoa, a viagem de Sir Terry pelas implicações da experiência que ele está a viver na sua própria pele.” Acrescentou ainda que o documentário ajuda as pessoas a formarem as suas próprias opiniões acerca destas questões.”
No programa Escolher a morte (Choosing to Die), o escritor de 63 anos – que tem a doença de Alzheimer – deslocou-se à Suíça para testemunhar a morte de um cidadão britânico que sofria de doença neuromotora (?).
Liz Carr, uma defensora dos deficientes, considerou que se tratou de propaganda a favor do suicídio e declarou-se surpreendida por ter sido realizada pela BBC.
A BBC declarou que a reportagem da passada segunda feira ajudaria os telespectadores a “formarem as suas próprias opiniões”.
O programa, mostrava Peter Smedley, um gerente hoteleiro de 71 anos, a viajar de sua casa, na ilha de Guernesey, até à Suíça para tomar uma dose fatal de barbitúricos, que lhe foi fornecida pela organização Dignitas.
A dignidade da vida
Sir Terry, que participou no filme para poder decidir se podia escolher morrer no momento e da forma que quisesse, declarou que observar a actuação da Dignitas não o fez mudar de opinião.
“Defendo que uma pessoa subitamente vitimada por uma doença fatal deveria poder escolher morrer de forma tranquila e com ajuda médica, em vez de sofrer”, declarou ele na BBC's News Night.
Questionado sobre a santidade da vida, Sir Terry respondeu: “E o que dizer sobre a dignidade da vida?” A falta de dignidade motivo suficiente para algumas pessoas porem termo à vida, afirmou ele.
Disse ainda que defende o direito ao suicídio assistido deveria ser estendido àqueles que ultrapassam a idade limite para darem o seu consentimento. Acusou ainda o Governo de fazer marcha atrás na questão do suicídio assistido.
“Sinto vergonha por o povo britânico ter de se arrastar até à Suíça, suportando despesas consideráveis”, declarou.
A BBC negou que apresentação do seu programa facilite o aparecimento de outros suicídios, por imitação, e considerou que ajudará os telespectadores a formar a sua opinião acerca desta questão.
O realizador do documentário, Charlie Russel, declarou que a decisão de filmar a morte do Sr. Smedley foi muito ponderada.
“Como realizador, senti que estava a mostrar a realidade e que, infelizmente, todos havemos de morrer”, disse. “Não é bonito, mas é algo que nos acontece a todos”
O Sr. Carr disse:
“Eu e muitos outros idosos incapacitados e que sofrem de doenças incuráveis receamos o significado da legalização do suicídio assitido e os efeitos que ela pode provocar, e consideramos que estes argumentos não estejam a ser debatidos, mas descartados, e que as salvaguardas não estão a ser devidamente tidas em conta.
“Até termos esse debate devidamente programado, não me sinto com vontade para participar nesse debate mais alargado”
O Justo Reverendo Michael Langrish, Bispo de Exeter
O Bispo de Exeter, o Justo Reverendo Michael Langrish, defendeu:
“Espero que o direito das pessoas à vida seja defendido com mais ênfase do que o seu direito à morte.” Disse ainda: “A lei ainda acarinha aquele sentido do valor intrínseco da vida. Mas, em última análise, a lei não existe para limitar a capacidade de escolha dos indivíduos. Existe para impedir que a acção e a cumplicidade de terceiros ditem a morte de uma pessoa. Isso continua a ser ilegal. Podem existir circunstâncias atenuantes a ter em conta; a a lei continua a ser clara e existe para proteger os mais vulneráveis.”
Debbie Purdy, que sofre de esclerosa múltipla, foi a tribunal para impedir que o seu marido seja processado por a companhar à Dignitas.
“Qualidade de vida”, disse ela no debate que se seguiu ao programa. “Os políticos não se actualizaram. Os advogados e juízes foram os únicos que se prepararam para defender os meus direitos... e o meu direito à vida e à qualidade de vida é para mim a coisa mais importante.”
Nos últimos 12 anos, 1.100 pessoas de toda a Europa foram “assitidas na sua morte” pela Dignitas. Uma porta-voz do grupo de pressão Morte Digna (Dignity in Dying) disse que [o documentário] foi
“profundamente comovente e difícil de assistir.” Ele disse que “percebeu-se bem que não se quis esconder a realidade da morte assistida. Desafia-nos a todos a continuar a reflectir sobre este importante problema e questiona-nos sobre as escolhas que queremos fazer para nós próprios e para os nossos entes queridos perante o final das nossas vidas.” Afirmou que o actual quadro legal do Reino Unido implica “não só que as pessoas tenham de viajar para o estrangeiro, mas que haja quem ponha fim à vida em sua casa, atrás de portas, sem a juda de médicos, ou recorrendo aos seus entes queridos que os ajudam cometendo um crime.”
Propaganda
A associação Morte Digna exige uma lei da morte assitida “devidamente salvaguardada”.
Mas Alistair Thompson, porta-voz do grupo de pressão Aliança Cuidados Contra a Morte afirmou: “Isto é propaganda a favor do suicídio assistido mal disfarçada de documentário”. Os activistas defendem que, sobre este tema, este é o quinto programa em três anos produzido pela BBC e apresentado por activistas a favor da eutanásia. Disse ainda:
“Os factos revelam que quanto mais se mostra [notícias sobre suicídios], mais suicídios são cometidos. A BBC trabalha para objectivos diferentes dos de outros meios de comunicação e tem a responsabilidade de, no seu programa, apresentar imparcialmente os dois lados da questão.”
A BBC negou ser tendenciosa acerca deste problema e um seu porta-voz afirmou que o documentário “se debruçava sobre a experiência de uma pessoa, a viagem de Sir Terry pelas implicações da experiência que ele está a viver na sua própria pele.” Acrescentou ainda que o documentário ajuda as pessoas a formarem as suas próprias opiniões acerca destas questões.”
Um porta-voz do Ministro da Justiça declarou: “O Governo acredita que qualquer alteração da lei numa área assim tão emotiva e polémica é uma questão que diz respeito à consciência individual e é um problema acerca do qual as decisões políticas cabem ao Parlamento e não ao Governo”
O documentário Escolher a morte e o debate na BBC's Newsnight podem ser vistos no BBC's iPlayer.
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