Trabalho De Projecto
A. Planificação do trabalho
A planificação é fundamental para realizar um trabalho com qualidade e com o menor esforço possível.
1.º - O que pretendo com o meu trabalho?
Tema → Problema/Objectivo → Público-alvo → Tempo → Plano*
*Plano: organização das ideias, sequência da apresentação (Introdução, desenvolvimento, síntese, bibliografia, anexos), divisão de tarefas, calendário
- Tem em atenção o tipo de trabalho que te foi pedido: um ensaio é um trabalho muito diferente de uma biografia ou de uma síntese… Pede indicações claras ao teu professor e consulta o tutorial dos tipos de trabalhos para não teres dúvidas sobre o que te foi pedido.
- Define bem o tema do teu trabalho.
- Formula o problema a que o teu trabalho responderá (uma pergunta). No caso de se tratar de um trabalho grande e complexo, formula sub-problemas. O problema que formulares definirá o objectivo do teu trabalho (a resposta que pretendes obter/apresentar). Um conselho: formula vários problemas e evita optar por aqueles que já toda a gente conhece.
- Qual é o teu público-alvo? Temos de conhecer as pessoas a quem nos dirigimos para construirmos o discurso que lhes for mais adequado. Por vezes os professores dão indicações específicas, que têm de ser respeitadas.
- Quanto tempo tens para fazer o trabalho? – Elabora um calendário para realizares o teu trabalho. Estabelece prazos e cumpre-os.
2.ª – O que já sei? O que vou procurar? Onde vou procurar?
Já tens algumas informações sobre o tema/problema do teu trabalho? Se as tens, confirma-as. Começa por verificar as tuas fontes: onde foste buscar essa informação? Ela coincide com aquilo que podes ler em obras de referência?
Quando não conhecemos bem um determinado assunto, não é fácil formular uma pergunta. Por isso, devemos fazer algumas consultas antes de iniciarmos a escrita do trabalho.
Procura a ajuda do professor que pediu o trabalho, de alunos mais avançados, dos professores e funcionários da Biblioteca ou de outros professores.
- Começa por procurar informações em obras genéricas: enciclopédias, dicionários temáticos (ex., Dicionário de história de Portugal; Dicionário de filosofia). Estas são obras pelas quais deves navegar, como se estivesses na Internet; por exemplo, se procurarmos a entrada “Máximo” no Dicionário ilustrado de matemática encontraremos outros termos interessantes que merecem uma investigação: “máximo absoluto”, “máximo local”, “função”, “domínio”… Nesta primeira fase da investigação encontrarás as palavras-chave que te ajudarão a continuar o teu trabalho.
- Depois de teres as informações gerais, é mais fácil começar a procurar noutras obras. Começa pelas obras de introdução ou iniciação.
- Num terceiro momento, passa para as obras especializadas.
3.ª – Organizar as ideias.
Reler apontamentos → Agrupar e relacionar ideias →
Seleccionar informação → Resumir ou sintetizar → Sequenciar as partes do trabalho → Avaliar: Respondi à pergunta que formulei?
Com algumas leituras feitas e com o tema/problema do trabalho definido pode-se começar a planear a sua estrutura:
- Revê as notas e o material que consultaste.
- Agrupa as notas por assuntos.
- Descarta a informação desnecessária (isto é algo difícil de fazer, sobretudo quando conhecemos mal o tema. Os professores sabem que assim e por aí são capazes de perceber se o aluno sabe muito ou pouco).
- Elabora um plano do trabalho: quando fores capaz de realizar esta tarefa, a parte mais difícil do trabalho já está feita. No plano deve estar previsto um momento de introdução (em que se apresentam o tema geral do trabalho problema formulado e o método de investigação), a sequência da apresentação de ideias/informações e um momento de síntese ou conclusão. O plano deve ser detalhado.
B. Localizar fontes e informação
É importante saber localizar as fontes de informação mais adequadas ao trabalho que me pediram. Geralmente, as fontes de informação utilizadas são livros ou sites; mas também podem ser pessoas, ou o mundo à nossa volta. Tudo depende do que nos foi pedido e dos objectivos que definimos para o nosso trabalho.
Caso necessites de procurar a informação em livros ou sites, começa por pedir indicações ao teu professor. Podes também pedir informações aos professores e funcionários da Biblioteca.
Deves tomar atenção ao facto de as diferentes fontes não terem todas a mesma qualidade. Umas são mais fiáveis ou actualizadas que outras; umas são mais aprofundadas que outras.
Que fontes consultar primeiro?
Fontes impressas (costumam ser mais fiáveis do que as fontes on-line e têm a informação mais concentrada ou aprofundada)
· Obras genéricas: enciclopédias, dicionários temáticos,
· Obras de consulta gerais
· Obras especializadas
· Jornais e revistas,
Na Biblioteca, a informação encontra-se organizada em 9 grandes áreas. Cada uma delas começa por um algarismo diferente e está representada por uma cor diferente na etiqueta do livro.
As grandes áreas são as seguintes:
0 – Generalidades e obras de referência (dicionários e enciclopédias); organização do conhecimento; Informática.
1 – Cultura; Filosofia; Psicologia; Ética e bons costumes (amarelo)
2 – Religião e Teologia
3 – Ciências Sociais: Estatística; Demografia; Sociologia; Direito; Administração; Educação; Antropologia; Etnografia.
4 – (Classe vazia)
5 – Ciências naturais e Ciências puras: Ciência em geral; Matemática; Física; Química; Geologia; Paleontologia; Botânica; Fauna.
6 – Ciências aplicadas: Anatomia e Fisiologia; Medicina; Saúde e segurança; Engenharia; Energia; Gestão; Contabilidade; Relações Públicas.
7 – Artes: Arquitectura, Artes plásticas; Artes performativas e espectáculos; etc.
8 – Línguas, Linguística e Literatura
9 – Biografias, Geografia, História, Fundo Local
Fontes on-line/digitais
· Obras publicadas em suporte físico (ex.: Diciopédia): são obras cuja edição costuma ser cuidada e cujos responsáveis são identificados.
· Sites de Instituições fidedignas e cujos responsáveis se encontram identificados: Institutos e fundações, serviços do estado, universidades, bibliotecas, bibliotecas digitais, centros de documentação, agências.
Utilizar fontes on-line:
A quantidade de material on-line é assombrosa. Todavia, muito desse material não tem qualidade. É preciso saber escolher as boas fontes.
Geralmente, a pesquisa de material é feita através dos motores de busca (Google, Altavista, SAPO…). A maior parte dos alunos fica-se pelos dois primeiro sites que lhe aparecem na lista e não se dá ao trabalho de verificar a qualidade desses sites. Por outro lado, a pesquisa é feita sem critério, produzindo um excesso de informação inútil.
A resposta ao primeiro problema está em ser-se mais paciente e procurar informação em pelo menos cinco sites. Essa informação deve ser lida e compreendida antes de se saber se deve ser utilizada. Além disso, do material que consta no site consultado, é natural que interesse apenas uma parte. Essa selecção terá de ser feita.
Conselhos:
· Consulta pelo menos cinco sites.
· Verifica a fiabilidade dos sites
· Tira apontamentos.
· Anota o endereço completo do site e indica-o na bibliografia.
· Utiliza o teu endereço de e-mail e uma pen drive para guardar os apontamentos.
· Não te limites a copiar os textos que descobres.
A resposta ao segundo problema (excesso de informação) está em utilizar os conectores booleanos (“ “, +) para procurar a partir de palavras-chave:
Se escrevermos
constituição portugal
obtemos muitos mais resultados que se escrevermos
“constituição da república portuguesa” ou
constituição+portugal
As aspas (“…”) indicam ao motor de busca que pretendemos sites onde ocorra a expressão que escrevemos. O sinal + indica que queremos sites onde ocorram todos os termos que ele relaciona. Assim,
constituição+portugal+1976
é um indicador de pesquisa mais restrito (ou seja, com um filtro mais potente) que a expressão
constituição+portugal
F. Cristina Rodrigues, Mário Ferro, Paulo Sousa
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